A tecnologia facilita ou dificulta a nossa comunicação? E como ser presença nesse espaço multifacetado?
Dia desses, me vi mergulhada em reflexões sobre o que significa estar presente. Presente na vida das pessoas que amo e que não estão próximas fisicamente, presente na vida dos clientes que atendo de forma on-line, presente nas tantas possibilidades, boas e desafiadoras, que esse universo virtual nos oferece.
Sou tão do toque, do abraço, que às vezes o desejo é que essa janelinha, por onde as palavras e trocas passam, consiga transmitir também o calor, o aconchego, o afeto, como se fosse possível, pela tela, sentir de fato o abraço que eu gostaria de oferecer.
Talvez a vídeo chamada seja um convite para sair da fantasia e pisar na realidade de um olhar vivo, ainda que distante. Talvez a clareza de palavras bem ditas, sem entrelinhas, revele exatamente o que se guarda no coração.
Mas o fato é que estamos cercados de inovações no modo de nos comunicar: figurinhas, vídeos curtos, mensagens instantâneas, formas rápidas e criativas de dizer muito em pouco. Ainda assim, fica a indagação: será que conseguimos estar inteiros nessas trocas? Ou corremos o risco de apenas reproduzir fragmentos de nós mesmos?
A tecnologia é ponte ou barreira?
Talvez seja ambas. Talvez dependa da forma como a utilizamos.
O que sei é que, em alguns momentos, presença é exatamente isso: quando a escuta atravessa a tela e chega ao coração, quando a palavra encontra eco e cuidado, quando o virtual se torna espaço de encontro.
E você, como tem vivido a experiência de estar presente entre telas e encontros?