Quando olho para o nosso grupo,
vejo mais do que presenças.
Vejo histórias que se aproximaram dessa seara de amor
com coragem e entrega.
Cada uma com seu jeito, com sua trajetória,
seu tempo,
seus passos,
suas estações.
O CPHMINAS não é só um lugar.
É um campo vivo.
Um corpo em movimento.
É chão, é casa, é travessia.
E desejamos que ele seja, cada vez mais,
um espaço de coautoria real.
Um espaço onde a gente não se esconde atrás do próprio potencial,
mas se revela nele.
Onde não se caminha por inércia,
mas por desejo.
Onde a potência de cada uma não pesa,
mas convida.
Onde a pausa de uma não paralisa a outra,
mas inspira escuta.
Onde o fazer não vira exigência,
mas expressão de cuidado.
Ao longo dos últimos anos,
fomos sentindo um movimento bonito e íntimo se formando entre nós,
um laço, um desejo genuíno de que este grupo vivo seja
um lugar de criação,
de florescimento
e de liberdade.
Um grupo que inspire inteireza
sem perder a leveza.
Um espaço onde cada uma possa seguir junta,
não apenas como quem ajuda a mover,
mas também como quem se permite ser movida.
Que o nosso dinamismo,
nossa paixão
e nossas ideias
não sejam régua de comparação,
mas presença que soma e inspira.
Se há algo que aprendemos com o CPH, nesses 19 anos de vida,
é que, quando um grupo se entrelaça de verdade,
cada pessoa pode ser inteira, sem medo.
E é isso que desejamos:
poder olhar nos olhos,
se escutar com verdade
e se convidar
a ocupar este lugar
não por obrigação,
mas por sentido.
E assim, vamos dando vida a este corpo,
juntas.
De mãos dadas.
Belo Horizonte, 06 de novembro de 2025.
Texto de Dalissa Vieira Teixeira





